domingo, 13 de janeiro de 2013

Portugal tem cursos a mais



O diretor da Obra Católica Portuguesa das Migrações defendeu que Portugal tem “universitários a mais e cursos que não interessam a ninguém”. Para frei Francisco Sales, essa realidade acaba por iludir os jovens licenciados, que quando enfrentam o desemprego “são obrigados a emigrar”.

À margem do “Encontro nacional de promotores sociopastorais das migrações”, em Fátima, o clérigo frisou os investimentos que as famílias portuguesas fazem na educação dos seus filhos, que depois acabam por não ter retorno. Incitou por isso o Ministério da Educação a acompanhar “as pessoas mais novas para fazerem uma escolha orientada”.

“Se formos ver os números das estatísticas de pessoas que vivem no estrangeiro e que pediram a nacionalidade do país de acolhimento, é assustador”, concluiu Francisco Sales. Segundo os últimos dados do Eurostat, em novembro a taxa de desemprego jovem em Portugal estava nos 38,7 por cento.

Já Paulo Pisco, deputado socialista eleito pelos emigrantes, acusou o Governo de incitar os portugueses a sair do país, algo que considera “chocante e inaceitável”. O deputado relembrou que “as pessoas são incitadas a sair e depois deparam-se com todos os dramas associados à emigração”, frisando que “a saída de pessoas qualificadas pode comprometer a breve prazo o crescimento económico”. Paulo Pisco continuou as críticas ao Executivo dizendo que “a crise não pode ser a desculpa para as pessoas serem maltratadas”.

Fonte: http://www.record.xl.pt

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